quinta-feira, 2 de maio de 2013

OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO AO ADOLESCENTE

Efeito do exercício sobre o crescimento e desenvolvimento do adolescente

   No período da adolescência ocorre um importante aumento na mineralização, na densidade e na massa óssea. É de senso comum na literatura de que o exercício físico regular auxilia este processo, embora ainda não especifiquem a intensidade, a freqüência, o tipo de exercício e a duração que promove tal aumento da massa óssea. Contudo, sabe-se que os exercícios de maior impacto (ginastica olímpica) apresentam maior densidade de massa óssea que os exercícios de menor impacto (natação). Deve-se considerar também que a prática regular de exercícios vigorosos podem levar a uma elevação do pico de densidade mineral óssea, reduzindo o risco de osteoporose precoce em idades mais avançadas.

   Além dos benefícios supracitados, com base nos dados, Astrand et al. (1980), afirmam que as atividades físicas regulares favorecem também a longevidade. Este prolongamento está mais associado à prevenção da mortalidade precoce do que no prolongamento total da vida. Pode não ocorrer um grande prolongamento da duração da vida, mas as pessoas mais ativas têm uma probabilidade maior de sobreviver à sua perspectiva biológica de vida.Segundo Farinatti (1992), os exercícios predominantemente aeróbios(corridas, caminhadas, natação, ciclismo, entre outros) são os mais indicados para a promoção e manutenção da saúde. Acrescenta, também, a necessidade de um trabalho profilático desde a infância, alertando para os riscos de uma vida futura marcada pelo sedentarismo, bem como, a conscientização dos benefícios imediatos decorrentes das atividades físicas de modo geral.
  
    Os exercícios aeróbios, acima citados, caracterizam-se pela utilização de lipídios como fonte de produção de energia durante o exercício, mas também utilizam os carboidratos. A intensidade do exercício determina o substrato a ser utilizado, gorduras ou carboidratos. Quanto menor for a intensidade do exercício, maior a porcentagem de utilização de gordura, e quanto maior a intensidade, maior a utilização de carboidratos.
   
   Mediante o exercício de atividades aeróbias, o sistema nervoso central também é estimulado, liberando maiores quantidades de endorfina que quando mergulhadas na corrente sangüínea agem na musculatura provocando a sensação de relaxamento e bem-estar. Em virtude destes benefícios a16 atividade física aeróbia, vem sendo muito citada no tratamento de doenças psico-depressivas, como também no tratamento da obesidade.A importância dada predominantemente às atividades aeróbias, segundo Cooper (1972), está fundamentada nos seguintes benefícios:


-  Aumento da eficiência dos pulmões e coração.
- Aumento das cavidades do coração, aumento do volume total de sangue e volume máximo de oxigênio (aumento da absorção, captação e transporte de oxigênio).
- Aumento do número e tamanho dos vasos sangüíneos.
- Melhora da tonicidade muscular e dos vasos sangüíneos.
- Aumento da capacidade oxidativa dos carboidratos e ácidos graxos livres
(AGL), aumento do número e do tamanho das mitocôndrias.
- Aumento do colesterol bom (HDL), diminuição do colesterol mal (LDL).
- Diminuição da freqüência cardíaca basal.



   Os exercícios anaeróbios também têm sua importância na promoção de saúde. As atividades que visam o treinamento de força, como por exemplo a musculação, mobilizam os carboidratos como fonte de energia durante o exercício, mantêm o metabolismo de repouso elevado por um tempo mais longo, aumentando também a massa corporal magra, mantendo o metabolismo de repouso elevado vinte e quatro horas por dia, representando um gasto energético que contribui para o equilíbrio calórico negativo.
  Segundo Pollock (1986), dentre os exercícios anaeróbios, destaca-se o trabalho de força, proporcionado pela musculação e ginástica localizada, traduzindo-se nos seguintes benefícios:

- Aumento de massa muscular corporal magra (Hipertrofia) para ajudar a manter o gasto energético em repouso e evitar a obesidade (prevenção de sarcolema).
- Aumento da força para evitar quedas e lesões à medida que se envelhece.
- Aumento da secreção de hormônios anabólicos.
- A diminuição da porcentagem de gordura corporal.
- Redução da dor em pacientes que sofrem de dores lombares e melhora da mobilidade.
- Aumento da densidade mineral óssea para evitar osteoporose, sobretudo em mulheres.
- Melhora do metabolismo da glicose e da sensibilidade da insulina para evitar diabetes.
- Melhora os perfis de lipídios séricos, como aumento do colesterol HDL e redução do colesterol LDL, para evitar aterosclerose e cardiopatia coronariana.
- A melhoria da força e resistência muscular.
- Aumento do metabolismo celular nas horas seguintes ao exercício.
- aumento do gasto calórico, favorecendo o equilíbrio calórico negativo.
- A melhora a auto-estima.

   Bouchard (2003), afirma que a participação regular em programas de exercícios físicos é um dos fortes indicadores da manutenção da perda de peso em longo prazo. Além disso, cita que os baixos níveis de atividade física são também indicadores de ganho de peso, tanto em homens quanto em mulheres. Portanto, o aumento de carga de exercícios pode ser importante, tanto na prevenção como no tratamento da obesidade.
  
    Em se tratando do processo de perda de peso ponderal, torna-se eficientemente mais favorecido quando os dois tipos de exercícios, aeróbios e anaeróbios, são utilizados em conjunto, neste sentido, um minimiza as17 pequenas deficiências do outro (em relação ao metabolismo de gordura), e os resultados são substancialmente melhores.

sábado, 27 de abril de 2013

TIPOS DE OBESIDADE

   Segundo a NTF (2000) e a OMS (2004) existem dois sub-grupos diferentes de obesidade: 

* OBESIDADE  GINÓIDE  → tipo pêra, cuja gordura se distribui sobretudo nas regiões das coxas, ancas e nádegas, característica do sexo feminino; 
* OBESIDADE ANDRÓIDE → tipo maçã, cuja gordura se distribui principalmente no abdómen e está presente sobretudo no sexo masculino.



   A obesidade ginóide está associada, sobretudo, a alterações circulatórias e hormonais (NTF, 2000). Diversos estudos demonstraram que a obesidade do tipo andróide está associada a vários distúrbios metabólicos, tais como dislipidémias, hipertensão arterial (HTA), patologias cardíacas, intolerância à glicose e problemas pulmonares, de entre os quais a apneia do sono.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL CONTRIBUIR PARA PREVENÇÃO DA OBESIDADE PEDIÁTRICA "SABER COMER É SABER VIVER”

Uma alimentação saudável deve ser: 

- Completa →  de forma a incluir todos os alimentos; 
- Equilibrada →  deve fornecer os alimentos com proporção; 
- Variada → deve haver diversificação dos alimentos. 

   O regime alimentar deve suprir todas as carências nutricionais, evitando carências vitamínicas e outras que conduzam à desnutrição. A alimentação deve estar adequada às necessidades energéticas, devendo ser mantida uma ingestão fracionada em pelo menos cinco refeições diárias e um pequeno-almoço equilibrado, logo ao acordar.   

RODA DE ALIMENTOS
  
    A Roda dos Alimentos antes era constituída por 5 grupos de alimentos, sem indicação das porções recomendadas por dia. Os grupos de alimentos eram os seguintes:  

I.  Leite e Derivados 
II.  Carne, Peixe e Ovos 
III. Óleos e Gorduras 
IV. Cereais e Leguminosas 
V.  Hortaliças, Legumes e Frutos 

   Atualmente, a Roda dos Alimentos é constituída por 7 grupos de alimentos, de diferentes dimensões que indicam, precisamente, a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária. De uma forma simples e sucinta a nova Roda dos Alimentos ensina-nos como manter uma alimentação saudável, ou seja, completa, variada e equilibrada. A água assume a posição  central na nova roda dos alimentos. 

I.  Cereais e derivados, tubérculos – 4 a 11 porções 
II.  Hortícolas – 3 a 5 porções 
III. Fruta – 3 a 5 porções 
IV. Lacticínios – 2 a 3 porções 
V.  Carnes, pescado e ovos – 1,5 a 4,5 porções 
VI. Leguminosas – 1 a 2 porções 
VII.  Gorduras e óleos – 1 a 3 porções



Figura-  Roda de Alimentos

   A uma alimentação equilibrada deve-se associar a prática regular de exercício físico na escola e nos tempos livres, em detrimento da televisão e dos jogos eletrônicos  O sucesso da adesão e da permanência em programas de atividade física é superior quando estas são práticas desportivas organizadas (na escola, em clubes desportivos, entre outros) e quando existe um envolvimento ativo dos pais. 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A OBESIDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA COMO FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES DO ADULTO

    As doenças cardiovasculares como ataques cardíacos, infartos agudos do miocárdio, morte súbita, insuficiência cardíaca por coronariopatia, assim como as doenças cerebrovasculares, como os acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e hemorrágicos, são responsáveis por mais da metade dos óbitos no Brasil. Nas últimas quatro décadas diversos estudos epidemiológicos definiram claramente os principais fatores de risco para estas doenças como: sexo,idade e história familiar,que não são modificáveis.
  
   Os principais fatores de risco modificáveis são a hipercolesterolemia (LDL elevado), a hipertensão,  o tabagismo, o HDL baixo, o diabetes, o sedentarismo, a obesidade e o estresse psicossocial.No entanto,a obesidade passou a ser considerada um fator de risco de primeira linha.

Isto se deve a três fatores básicos:

(1) a obesidade está fortemente associada a três grandes fatores de risco: a hipertensão, as dislipidemias e a resistência à insulina;
(2) a obesidade é o fator de risco que mais cresce em prevalência;
(3) a obesidade do adulto é uma doença de difícil tratamento ou, para alguns, intratável.



   Entre os principais fatores de risco de doença cardiovascular do adulto, cinco já tiveram sua importância comprovada na infância e na adolescência: tabagismo, dislipidemias (LDL ou colesterol total elevado e HDL baixo), hipertensão, obesidade e sedentarismo. A prevenção desses fatores de risco, ainda na infância, tem como base uma extrapolação dos dados obtidos em adultos pois ainda não existem estudos controlados demonstrando que a intervenção na infância altera o risco cardiovascular. Na falta destas evidências ainda não se pode recomendar com certeza o uso indiscriminado de programas populacionais de pesquisa (screening) de rotina de hipertensão e dislipidemia na população infantil, como deve ser feito para a população adulta.
  
   A obesidade, sobretudo a obesidade central ou abdominal, está fortemente relacionada aos principais fatores de risco de doença cardiovascular do adulto, ou seja, hiperlipidemia, hipertensão, hiperinsulinemia, assim como com doenças cardiovasculares e câncer. Além disso, a obesidade infantil e do adolescente está fortemente associada a diabetes tipo II (cuja prevalência tem crescido muito), distúrbios emocionais, complicações ortopédicas (sobretudo de coluna e quadril e artrites degenerativas),  colelitíase, doença ovariana policística, esteatose hepática não alcoólica e síndrome de apnéia-hipoventilação.
  

   A obesidade infantil vem se tornando uma epidemia no mundo. Nos EUA e no Brasil a prevalência da obesidade aumentou cerca de 50% na última década e cerca de ¼ das crianças são obesas ou apresentam sobrepeso. Entre 40 e 80% das crianças obesas serão adultos obesos. Pelas metanálises de diversos estudos de coortes pode-se estimar que cerca de 50% das crianças obesas aos 7 anos serão adultos obesos, enquanto 80% dos adolescentes obesos se tornarão adultos obesos.
  
   É muito importante dar ênfase ao tratamento e profilaxia da obesidade ainda na infância e adolescência. Afinal, quanto maior a prevalência, o impacto sobre a saúde e a  dificuldade de tratamento de uma doença, maior ênfase deve ser dada à sua profilaxia.

quinta-feira, 28 de março de 2013

QUAIS AS RELAÇÕES DA OBESIDADE COM AS DOENÇAS?


   A obesidade tem uma grande relação com doenças metabólicas, especialmente em individuos caracterizados por um exesso de tecido adiposo visceral. Por esse motivo, um indivíduo obeso possui uma maior predisposição para outras alterações metabólicas.  
   As doenças que mais se relacionam com o exesso de gordural corporal são as doenças cardiovasculares, hipertensão, diabete mellitus tipo II, osteoartrite, hipercolesterolemia, doenças pulmonar obstrutiva crônica e ainda alguns tipos de câncer.  Por existir essa relação da obesidade com doenças crônico-degenerativas, pessoas que apresentam duas ou mais  doenças são chamadas portadores da Síndrome Metabólica, também conhecida como Síndrome "X" (HILL,2005;SÉRES,2003;CHOPRA,2002).  
  

QUAIS OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA AS CRIANÇAS QUE SE ENCONTRAM NESSA SITUAÇÃO

* Melhora o autoestima
* Melhora a interação social
* Previne doenças e comportamentos de risco

   Além de proporcionar lazer, e reduzir o nível de sedentarismo das mesmas.






COMO REVERTER ESSE QUADRO DE SEDENTARISMO PEDIATRICO

   Pode-se se reverter esse quandro de sedentarismo da populção pediátrica, apartir das atividades domésticas, recreativas e esportivas, o importante é que as atividades sejam realizadas proporcionando prazer e bem estar e os faça movimentarem-se fisicamente. As crianças devem estar ativamente envolvidas na descoberta de movimentos e também na combinação dos mesmos, aplicando-os em diferentes contextos educacionais e desta forma desenvolvendo-se e criando hábitos saudáveis para toda  a sua vida ( BERLEZE, 2008).

   Para isso, é fundamental que a criança tenha  o apoio e incentivo dos familiares para ingressar e aderir a algum programa  de atividade fisica, seja na forma de incentivo verbal (motivando-os, percebendo os benefícios e objetivos sendo alcançados) ou respeitando a criança e o seu ritmo de desenvolvimento.
   A mudança do estilo de vida deve ser encorajada ao longo do tratamento, com estratégias de adesão, pois a tendência de evasão dos programas é muito grande quando se trata dessa população (DANIELS,2005).       

terça-feira, 26 de março de 2013

OBESIDADE PEDIÁTRICA - Vocês Pais, é o espelho dos seus filhos!



   A presença de familiares obesos, sobretudo os pais, é o fator determinante para ocorrência do mesmo problema nos filhos, seja pela associações dos fatores genéticos aos ambientais, ou pela ingestão energética presentes nos hábitos alimentares, o gasto energéticos  decorrente ao estilo de vida  e toda a dinâmica familiar (NGYER et al).

   A falta de uma vida ativa dos pais  serve de exemplo para que as crianças também possuem hábitos sedentários.Segundo Costa (2006), o risco de uma criança com dois pais obesos se tornar obesa é maior em 80% , se um dois pais é obeso o risco é de 50%; e se nenhum dos pais é obeso, o risco é ainda menor, 10%.Por isso, é fundamental detectar esse excesso de massa gorda o mais precocemente possível, para que se inicie um processo de intervenção  com o objetivo de evitar instalações das complicações de doenças (SILVA et al, 2003) .   



domingo, 24 de março de 2013

PREVINA OBESIDADE INFANTIL

Obesidade Infantil, a Hora é Agora



As iniciativas de prevenção primordial e primária são as mais eficazes, provavelmente se forem iniciadas antes da idade escolar e mantidas durante a infância e a adolescência. Deve haver um esforço significativo no sentido de direcioná-las à prevenção da obesidade já na primeira década de vida.


Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 33% das crianças são obesas e estão com sobrepeso e 4 de 5 cinco crianças continuarão nessa condição até o fim da vida.Uma criança obesa em idade pré-escolar tem 30% de chances de virar um adulto rechonchudo. O risco sobe para 50% caso ela entre na adolescência gorda.

 Os cientistas identificaram oito fatores que podem levar à obesidade a partir dos 7 anos:

1. Mães que engordam demais durante a gravidez podem gerar bebês com mais tendência à obesidade
2. Crianças com peso e altura acima da média entre 8 e 18 meses têm maior propensão ao problema
3. Ao completar um ano, o bebê não deve pesar mais do que o triplo do que tinha ao nascer
4. Também não deve crescer mais do que 25 centímetros no primeiro ano.
5. Bebês que dormem pouco ficam mais cansados e fazem menos atividades durante o dia, facilitando o acúmulo de gordura.
6. Crianças com mais de três anos que ficam mais de oito horas por semana na frente da TV
7. Aparecimento de gordurinhas localizadas antes dos quatro anos
8. Pais gordos: além da genética contra, os filhos podem imitar seus hábitos




PERSONAL KIDS 
COMO PODEMOS SER EFICAZES 
A criança e o adolescente tendem a ficar obesos quando sedentários, e a própria obesidade poderá fazê-los ainda mais sedentários. A atividade física, mesmo que espontânea, é importante na composição corporal, por aumentar a massa óssea e prevenir a osteoporose e a obesidade.
Em relação à atividade física, geralmente a criança obesa é pouco hábil no esporte, não se destacando. Para a atividade física sistemática, deve-se realizar uma avaliação clínica criteriosa. No entanto, a ginástica formal, feita em academia, a menos que muito apreciada pelo sujeito,dificilmente é tolerada por um longo período, porque é um processo repetitivo, pouco lúdico e artificial no sentido de que os movimentos realizados não fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas. 
Além disso, existe a dificuldade dos pais e/ou responsáveis de levarem as crianças em atividades sistemáticas, tanto pelo custo como pelo deslocamento.Portanto, deve-se ter idéias criativas para aumentar a atividade física, como desce escadas do edifício onde mora,jogar balão, pular corda, caminhar na quadra, além de ajudar nas lidas domésticas. O fato de mudar de atividade, mesmo que ela ainda seja sedentária, já ocasiona aumento de gasto energético e, especialmente, mudança de comportamento, de não ficar inerte, por horas, numa só atividade sedentária, como se fosse um vício.




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Contato: gianny_fortunatto@hotmail.com (42) 99423016